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Coordenadores da Frente Mineira em Defesa da Cemig se reuniram, na manhã desta terça-feira (22/8/17), no gabinete do 1º-secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Rogério Correia (PT), para definir novas ações contra o leilão das Usinas de Miranda, São Simão e Jaguara, no Triângulo Mineiro, marcado para o final de setembro.
O próximo passo é a realização de novo ato público, desta vez na Usina de São Simão, que fica em Santa Vitória, na divisa de Minas Gerais com Goiás, nesta sexta (25). A intenção dos organizadores é aproveitar a presença de um grupo de cerca de 100 manifestantes que já está acampado no local, desde a semana passada, e repetir a manifestação ocorrida na Usina de Miranda na última sexta (18).
A liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que acatou ação popular e determinou a suspensão do leilão, está sendo vista como uma vitória parcial da Cemig. "Estamos felizes, mas nosso otimismo está baseado na mobilização social e na pressão política, que não pode parar", afirmou o deputado Rogério Correia, que coordena a frente.
"Esta é uma luta que não tem data para acabar! Apesar das recentes decisões da Justiça, sabemos que a tendência do STF não é favorável a nós", afirmou a presidente do Sindicato Único dos Servidores da Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.
Beatriz participa da coordenação da frente juntamente com representantes do Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro), da Cemig, do Ministério Público, de outras centrais sindicais e movimentos sociais.
O vice-presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Bosco (PTdoB), afirmou que vai apresentar requerimento para que a comissão participe da manifestação em São Simão. Ainda no início de setembro deve ser realizado outro ato, nos mesmos moldes, na Usina de Jaguara. O deputado Antônio Lerin (PSB), presente à reunião, também deve participar dos eventos em São Simão e Jaguara.
Ações populares - Ficou definido, ainda, que a frente vai coordenar as ações jurídicas contra o leilão das usinas, agora enfatizando principalmente a defesa do consumidor. "Não podemos deixar que a conta da privatização das usinas seja paga pelo consumidor", destacou o deputado Rogério Correia.
O parlamentar disse que o plano do governo federal é privatizar o sistema elétrico, o que só traria prejuízos para a população, no seu entendimento.
Mobilização inclui encontro jurídico e pressão a senadores
A realização de novos atos públicos nas usinas que o governo federal pretende leiloar é só um dos eixos de ação definidos pela frente. A coordenação do grupo também acionará as câmaras municipais de todo o Estado, para que realizem audiências públicas e moções de repúdio contra o leilão das usinas.
Na reunião desta terça (22), também ficou acertada a realização de um grande encontro, para debater amplamente a questão jurídica envolvida na concessão das usinas. O representante do Ministério Público, Antônio de Padova, ficou responsável por organizar o evento com a Ordem dos Advogados (OAB-MG).
O líder do Governo na Assembleia, deputado Durval Ângelo (PT), lembrou que é preciso intensificar a pressão junto aos três senadores mineiros, para que se posicionem permanentemente favoráveis à Cemig. "Aécio Neves já começou a recuar. É bom que todos acompanhem isso!", alertou.
Os movimentos sociais também usarão o Fórum Regional de Governo que será realizado nesta quinta (24), em Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte), e o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, que ocorrerá na Assembleia, na próxima segunda (28), como espaços para protestar contra o leilão das usinas.
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